Em razão do ajuste fiscal e da necessidade de cortes das despesas do governo federal, começam a surgir boatos da fusão do Ministério da Educação com o da Cultura. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse ontem (21) que seria um retrocesso uma eventual fusão, como chegou a ser especulado nos meios políticos nas últimas semanas.
O ministro informou que não recebeu nenhuma sinalização da presidente Dilma sobre uma possível fusão de sua pasta com a da Educação.
“Ela não sinalizou e, por não ter sinalizado, eu não acredito que vá haver. É um rumor que até tem uma base, alguém propôs, mas não acredito nessa possibilidade de fusão. Seria um retrocesso muito grande”, afirmou Juca aos jornalistas, antes do início do evento.
O ministro participou na noite desta segunda-feira da cerimônia de abertura do Seminário Internacional Cultura e Desenvolvimento, que contou com a presença da diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Irina Bokova.
Ele explicou que a Cultura tem particularidades que precisam de um gerenciamento próprio e que a pasta não se fortaleceria se fosse fundida com a da Educação. “Sob o ponto de vista gerencial e administrativo, é importante que funcionem separado, porque têm as tecnologias de patrimônio, as tecnologias de museus, toda a vida do mundo artístico que precisa ser agilizada e as questões do campo da cultura popular. Se você funde, reduz a capacidade do Estado de tratar com a profundidade que a área cultural merece. Eu não acredito e não recomendo que se leve adiante essa ideia.”